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Ambientes corporativos precisam olhar para os jovens
Para especialista em desenvolvimento de lideranças compassivas, o foco está na gestão da organização
A saúde psicológica tem sido um tema tratado amplamente após a pandemia. Dentro desse contexto, é importante observar colaboradores em cargos mais juniores, como estagiários e aprendizes. Recentemente, um estagiário de Direito se jogou de uma sacada de um escritório em que atuava, e de acordo com relatos, o motivo foi a forte pressão no trabalho. Nesse sentido, a Newa, empresa de consultoria especializada em diversidade e bem-estar emocional para as organizações, assinala que as lideranças devem olhar com atenção para aqueles que contam com menos experiência.
Para Carine Roos, CEO e fundadora da Newa, os colaboradores com pouca experiência profissional podem estar passando por um momento delicado e as lideranças, em sua maior parte, entendem isso como um comportamento geracional, como absenteísmo e presenteísmo. “É imprescindível que a gestão crie uma rotina de diálogos cada vez mais próximo e presente com os jovens, para que haja apoio em suas necessidades nesse processo de aprendizado”, conta.
Segundo um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a quarta maior causa de morte, depois de acidentes de trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Trata-se de um fenômeno complexo, que pode afetar indivíduos em diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades. Conforme o mesmo estudo, as taxas variam entre países e regiões e entre homens e mulheres. No Brasil, 12,6% por cada 100 mil homens em comparação com 5,4% por cada 100 mil mulheres, morrem devido ao suicídio. As taxas entre os homens são geralmente mais altas em países de alta renda (16,6% por 100 mil). Para as mulheres, as taxas de suicídio mais altas são encontradas em países de baixa-média renda (7,1% por 100 mil).
Para a executiva, líderes jamais devem deixar de olhar os problemas internos da empresa, pois isso pode afetar a saúde emocional dos colaboradores, além de induzir a erros maiores futuramente. A ideia é que líderes sejam cada vez mais capacitados e compassivos para lidar com as demandas de seus colaboradores. “A saúde emocional deve deixar de ser um tabu e abrir espaço para falas. Desta forma, as lideranças irão desenvolver um olhar de compaixão e empatia com o colaborador. Eu penso que o foco está na gestão da organização, em como a gestão está olhando para os colaboradores de uma maneira geral, incluindo os estagiários e aprendizes.” finaliza Carine Roos. .
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